Não é para todos, nem deve fácil, principalmente na esfera do Rock onde as tentações e os riscos são mais que muitos, mas é sem duvida uma vida, fiz contas de cabeça e cheguei à conclusão que já os ouço à 23 anos, tudo começou através de uma cópia (pirata) de uma cassete onde estava gravado o concerto do 1º de Agosto no RRV, a partir daí fiz parte dos fãs que os seguiam, um autêntico culto, 1987 foi o meu primeiro concerto, já falei aqui dele, 2008 o ultimo que vi (até à data) pelo meio estão muitos, mesmo muitos desde salas cheias até uma sala quase deserta numa discoteca no velhinho e encerrado "Dallas". Sei de cor quase todas as musicas, ao som dos Xutos, cantei, chorei, ri, vivi, cresci, por isso o meu muito e muito obrigado por existirem.
O Novo álbum será editado no final de Março mas na edição de hoje do Correio da Manhã é oferecido o single com o tema "Quem é Quem". Estão à espera de quê? Ide comprar o CM e ouvir a maior banda rock portuguesa de todos os tempos.
É amanha dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola às costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sózinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes
Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer
oh,oh,oh
Hoje numa conversa com um colega em que falavamos de Xutos, lembrei-me do album Cerco e do quanto eu o adoro, agora só me apetece cantar
...já estou farto de descobrir,
tantas portas por abrir,
mas não pode ser, é tudo feio, tão feio, feio,
mas o que é que eu vou fazer?
Eu vou para longe, para muito longe,
fazer-me ao mar, num dia negro, vou embarcar,
num navio grego, falta-me o ar,
falta-me emprego para cá ficar
ou então,
...Ela veio-me morder, como jamais mordera
e eu lutei com ela, como jamais lutara
pegou-me no falo, como jamais pegara
e chupou-me o sangue, como jamais chupara
virou-se de costas, como jamais se virara
segurei-lhe as coxas, como jamais segurara
deitou-se na cama, como jamais se deitara
e eu entrei enfim, como jamais entrara.
ou ainda,
...Logo juntas a tua roupa
e dizes que a vida está lá fora
passou a minha hora...
passou a minha hora...
Juntos fomos correndo lado a lado
Juntos fomos sofrendo ter amado
Amas a vida
e eu amo-te a ti
Conta-me historias daquilo que eu não vi...
e mais ainda,
E quando as almas regressam
Ao sossego dos seus sonhos
Os ratos recomeçam a roer nos corpos estranhos
A roer nos corpos
E andam para a frente
E andam para trás
E o que magoa também satisfaz
E olham para um lado
E olham para o outro
E vêem-me a mim
Estou cercado
Na cidade
finalmente,
Saem ratos das esquinas
Ofuscando a passagem
Limitando o meu ser
Eles meu destino comem
Fabricando a minha raiva
O meu corpo roem
Sem sentido eles se movem
Ordenando as nossas vidas
Pelas ruas eles correm
Controlando as calçadas
E nas torres lá estão eles
Vigiando as entradas
E no dia em que as águias
Levantarem vôo
Não vai sobrar um rato
Pra contar como é que foi
Pela calada eles espreitam
Matando almas à passagem
Nos buracos lá estão eles
Aguardando a boa hora
Saltam deles a guinchar
Tu já foste agarrado
e já chega, aqui, porque eu vou continuar a cantar...
Esta cidade, n'América onde eu não sou o único a viver numa pensão, que sai p'ra rua para descarregar contentores por estar no desemprego, a viver esta vida malvada que me faz sentir dentro de um circo de feras.
Esta frase foi construída com os títulos das nove músicas que compõem o álbum Circo de Feras, que comemora este ano 20 anos após o seu lançamento, os Xutos & Pontapés, vão dar dia 8 e 9 dois concertos no Campo Pequeno, como comemoração desta data, quem puder ir é sem duvida uma boa forma de passar um fim de semana mais energético.
Dezembro de 1987, o meu primeiro concerto dos Xutos , local pavilhão Infante de Sagres-Porto , andava eu numa onda de Xutos enquanto os meus amigos só pensavam em ouvir música de discoteca (pico) com passagens e essas merdas, aqui o mocinho não tem quem o queira acompanhar, o entusiasmo era muito, nunca tinha visto um concerto deste género, os Xutos tinham já uma vasta legião de fãs que os seguiam numa espécie de culto, eu lembro-me de ter ido para o pavilhão cedo muito cedo, o homem que estava no local como segurança vendo que eu estava sozinho e era aparentemente (e na realidade também) inofensivo, levou-me para dentro do pavilhão onde os Mão Morta faziam o sound check ouvi tantas vezes o inicio de guitarra do tema "E se Depois" que ainda hoje quando o ouço me lembro desse dia, foi altamente aquilo quase vazio eles a testarem tudo e eu ali a assistir, lembro-me dos músicos passarem por mim mas eu não tive coragem de pedir autógrafos, neste concerto os Mão Morta promoviam a sua primeira K7, editada pelos Malucos da Patria, que viria mais tarde a dar origem ao seu primeiro álbum, este sim editado em 1988 pela Ama Romanta, seguiu-se o concerto o pavilhão estava cheio, não me recordo do alinhamento, mas como se tratava de um concerto no seguimento da saída do álbum "Circo de Feras" é muito natural que tivesse passado muito por ai, sei que tocaram o tema que eu gosto muito "Sexo" do álbum "Cerco", de resto sei que foi a partir dai que procurei tudo o que havia de Mão Morta e passei a ser fã do Adolfo Luxúria Canibal e seus parceiros, sai dali e se fechar os olhos lembro-me de ir sozinho e feliz para casa, correu tudo bem cheguei são e salvo e ganhei ainda mais confiança dos meus pais para novas saídas , os tempos passaram e eu sempre à espera que os Xutos voltassem ao norte, e no ano seguinte 1988, vieram varias vezes aqui e para já vou salientar o meu segundo concerto, foi em Matosinhos, a minha terra natal, o local foi a discoteca Koolkat (que mais tarde se viria a chamar Cais 447), o dia foi o dia das mentiras, 1 de Abril (engraçado este dia lembra-me algo de muito bom), aqui os Xutos promovem o álbum "88" que tinha acabado de sair no mês de Março, não sei até se não foi mesmo o primeiro concerto da digressão, penso que estava bem preenchida com publico, sei que fui e vim sozinho, aqui provavelmente tocaram musicas do "88" mais algumas (tenho de procurar nos meus recortes se tenho informação sobre estes concertos, se tiver, aqui farei um update ). Por fim deixo aqui os dois bilhetes, o do primeiro concerto foi autografado mais tarde na promoção do álbum "Dados Viciados".
Ano de 1990, os Xutos & Pontapés vinham de uma série de sucessos, "Circo de Feras" disco de Platina, "88" disco de Platina, "Ao vivo" disco triplo, disco de Platina, os Xutos lançam em abril deste ano (1990) o seu 6º Album "Gritos Mudos", este disco não conseguiu atingir o sucesso dos albuns anteriores, penso eu que nem a disco de prata chegou (posso estar enganado, ok), confesso que nesta época eu estava cada vez mais consumidor de metal, contudo (ainda hoje) nunca deixei de acompanhar os Xutos, este disco não é dos discos melhores dos Xutos (já todos sabem que para mim o "Cerco" e o"1º Agosto ao Vivo no RRV", são o expoente máximo dos Xutos, por ser ai que os comecei a ouvir, pelo que me dizem as músicas, pelo tempo que vivi a ouvir as mesmas, pela minha descoberta da música como companhia, pelo meu despertar para a adolescência, pelo som da época), Gritos Mudos era uma das músicas que eu adorava ouvir ao vivo nos concertos dos Xutos, adorava-a (e não deixei de gostar), contudo no disco o som não é o mesmo, está mais tratado, demasiado limpido, eu estava habituado a ouvir as guitarras mais agressivas, a "arranhar" se assim posso dizer, penso que não foi só a mim que isto aconteceu e é mesmo por esta altura que os Xutos iniciam a primeira "depressão" após todo o sucesso vivido, os discos seguintes "Dizer Não de Vez" e "Direito ao Deserto" pelo menos conseguem atingir a prata ambos, mas o "Gritos Mudos" passa mesmo ao lado de muita gente, isto não impossibilita de os ir ver ao vivo sempre que estavam cá no norte, e foi o que aconteceu em 18 de Agosto de 1990, a cidade é Espinho, o palco no Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, eu tinha acabado de fazer 18 anos, mas ainda não tinha carta (só em Dezembro a consegui), meio de transporte, comboio, a 1ª parte era assegurada por uma banda que para a maioria dos leitores deste blog é completamente desconhecida, os V12, os V12 eram (não sei se ainda existem, nem em que projectos podem estar incluidos os seus elementos) uma banda nacional a tocar e a cantar Heavy Metal em português, sim na lingua de Camões, pesquisei e acabei por encontrar um video que aqui deixo, foi bom deu para abanar a gadelha que nesta altura estava em grande fase de crescimento mas ainda numa fase ridicula, digamos que eu parecia literalmente o Johnny Ramone dos Ramones, mas tinha de ser ele não crescia sem passar por essa fase, do concerto em si não me recordo muito, o que é natural, vi mais de 50 concertos dos Xutos até hoje, sei que o concerto acabou, já não havia comboios e acabamos por dormir, nós e mais alguns na estação do comboio, por fim o senhor da bilheteira deu-nos a hipotese de viajarmos num comboio que não era propriamente de passageiros mas que nos servia perfeitamente, e assim foi, como podem ver no bilhete o motivo foi Eclipse, cheios de sono e cansados, lá regressamos depois de mais um concerto dos Xutos, traziamos muita coisa para contar, hoje aqui conto o que ainda ficou ma minha memória.
V12- Inovação
Durante a minha juventude fui guardando recortes, bilhetes e outros objectos que estivessem relacionados com as coisas que gostava entre as quais tudo o que eu apanhasse relacionado com os concertos que eu ia ver, estive a pensar e cheguei a conclusão que podia utilizar esse material para meter aqui, ajudando-me a recordar a minha juventude partilhando com os meus amigos que por aqui passam e quem sabe até trazer à memória de alguém que sem querer passe por aqui e se lembre que também ele esteve presente ou se lembra dessa época ajudando assim a lembrar outros tempos. Não é tarefa fácil encontrar o material pois ao longo dos anos foi ficando repartido entre uma capa e outra e como devem calcular mudança daqui mudança dali as coisas deixam de estar ligadas, nesta minha primeira "Memória" vou recordar o concerto dos Xutos & Pontapés em 30 Novembro de 1988, no pavilhão Infante de Sagres no Porto, este concerto serviu para apresentação ao vivo do triplo album "Ao Vivo" gravado nesse mesmo ano no pavilhão do Restelo, segundo o Zé Pedro a escolha do Porto deveu-se a: "Escolhemos o Porto para lançar o triplo àlbum, porque ele foi gravado em Lisboa, porque no ano passado tivemos de adiar o espetáculo no Porto e porque o Porto sempre foi uma cidade que nos acolheu bem" , durante os dias que antecederam o concerto eu andava todo entusiasmado e dediquei-me a pintar um blusão para levar ao concerto, primeiro toca a mete-lo na lixivia para ficar manchado depois toca a pintar de forma a que ficasse ao meu gosto, fiquei posteriormente muito contente quando ao abrir o jornal "LP" reparei que fazia parte da reportagem do concerto uma foto minha de costas onde se via o meu blusão, como devem calcular, guardei o blusão até hoje (autografado por 3 Xutos , Tim, Kalu e Zé Pedro), do concerto em si e embora tenha vários recortes de jornais diferentes, nenhum deles publicou o alinhamento, eu como devem calcular também já não me lembro (afinal faz no próximo mes 19 anos que isto aconteceu), sei que estiveram cerca de 3 mil fãs, que abriram com o "Contentores" fizeram 3 encores e acabaram o concerto com "A minha casinha" tocando cerca de duas horas, tecnicamente foram utilizados 120 mil watts de luz e 12 mil watts de som, eu devo ter gostado muito e pronto deixo aqui as fotos do meu bilhete, da reportagem e do casaco por mim "criado", espero que gostem.
O meu bilhete
O recorte do Jornal LP
O Casaco por mim pintado
A manager dos Xutos & Pontapés, Marta Ferreira, faleceu cerca das 12:00 depois de ter sofrido uma paragem cardíaca numa das casas de banho do aeroporto de Lisboa, local onde a banda se preparava para embarcar para o Canada para um concerto no próximo sabádo, concerto este já cancelado.
Marta Ferreira, 44 anos, natural do Porto e irmã do baterista Kalú, era a agente dos Xutos & Pontapés desde o início dos anos 1990.
A primeira vez que vi a Marta Ferreira foi em 1987 no pavilhão Infante Sagres no Porto, no meu primeiro concerto dos Xutos, tinha eu então 15 anos e ela estava a vender merchandising, e ficou muito admirada porque eu comprei de tudo o que tinha à venda, ainda hoje guardo coisas com por exemplo, filtros para tabaco da onça, isqueiros, crachás, etc...
Penso que a banda perdeu um elemento muito importante, e para o Kalú a perca é maior pois acabou de perder uma irmã ainda nova e isso doi, doi mesmo.
Fica aqui uma das minhas preferidas.
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