No dia em que se demitiu Manuel Pinho, só porque com um gesto queria dizer que eram precisas duas antenas, uma de cada lado para conseguir ouvir Bernardino Soares do PCP, por causa do barulho, foi também o dia em que Paulo Rangel, líder parlamentar do PSD disse adeus à Assembleia da Republica, pois agora vai passar umas férias para Bruxelas, Rangel (exibindo desgaste e muito por baixo daquilo que é capaz) aproveitou para se despedir  e elogiar alguns parlamentares de todas as frentes politicas, esqueceu-se contudo de elogiar o melhor politico dos últimos tempos, o Engº José Sócrates a quem Paulo Rangel numa altura conturbada do PSD e onde ninguém estava disposto a enfrentar o "animal politico" lhe permitiu sair da casca e mostrar algum valor que lhe reconheço, mas quis o destino e a Manuela Ferreira Leite que fosse usado como a principal arma no primeiro embate politico do ano a nível de eleições, foi bem escolhido, deu origem a uma vitória do PSD mas depois dele ficou o vazio, e parece-me que se a Nelinha começar a falar vai voltar a remeter o PSD à derrota, senão vejamos já esta primeira gafe pós-europeias de chamar à maior crise mundial dos últimos anos de "pequeno abanão", fico em crer que estes 3 meses e pico que faltam para as eleições vão ser mais do que suficientes para ver que não existe alternativa a Sócrates, e que defender classes não passa de pura demagogia politica, o pais precisa de reformas, Sócrates fez o que tinha a fazer, só que teve o azar de na altura em que só tinha de dar um empurrãozinho, uma crise nunca antes vista deitou tudo a perder. Só me resta dizer goza muito Rangel, que o pais precisa de gente de trabalho.