Já tinha passado ali muitas vezes mas nunca tinha entrado, hoje fi-lo, soube-me mesmo bem, ouvir os pássaros a cantar depois de a chuva ter parado, pisar a terra molhada, ainda vi dois pombos bravos, pena não ter a câmara à mão, vi uns pinheiros que pelo diâmetro do tronco devem ter muitos anos, mais de cem direi, fiquei ali a admira-los, respeitando a sua imponência, veio-me à cabeça esta ideia já velha na minha cabeça de plantar arvores no cimo de um monte para que um dia alguém as pudesse contemplar como eu fiz hoje junto destes majestosos pinheiros, não sei se fruto desta minha meia-hora de passeio reflectivo, sei que a caminho de casa, veio-me à cabeça a ideia de ter mais um filho, será que é uma ideia para amadurecer ou foi apenas um devaneio dos meus pensamentos?
Às vezes, só ano fim de alguns anos tomamos consciência que cometemos erros no passado, mas quando isto acontece é bom porque ainda vamos a tempo de os corrigir, é isso que eu vou tentar fazer.
A tarde está a chegar ao fim, a noite apressa-se, lá fora a temperatura ronda os 10ºC, pelos vidros da janela escorrem gotas da chuva que caí de forma continuada, sabe-me bem encostar a testa ao vidro, sinto o frio do vidro e uma melancolia invade-me a alma, lá fora os transeuntes passam apressados de guarda-chuva na mão, os que o tem, existe sempre um ou outro mais desprevenido que se aventura, chegará ao seu destino encharcado, sabe-me mesmo bem sentir a chuva lá fora e eu aqui quente e seco, desde sempre tive o sonho de ter uma casa mesmo perto do mar, quase entre as rochas, que tivesse uma grande área vidrada de frente para o mar, onde em dias de tempestade eu pudesse estar sentado na poltrona, quentinho e ver o mar todo encrespado, se fechar os olhos e concentrar o meu ser somente na audição, sinto-me embalado pela melodia que a chuva e o vento fazem no vidro da janela, existem momentos saborosos na vida, para mim estes minutos são um desses.
Eu sempre me achei um homem correcto, penso mesmo que por vezes até não sou eu próprio só com o "querer" agradar para que tenham uma boa imagem de mim, sei que isto é errado mas acabo sempre num momento ou em outro por o fazer, sempre respeitei os outros e nunca "atropelo" ninguém por objectivos próprios, contudo sinto-me triste comigo pois penso que mesmo sem nunca ter propósito de o fazer magoo pessoas de quem gosto.
Estava aqui a pensar naquilo que me disseste até acredito que tenhas alguma razão que sim no teu lugar estaria igual ou pior mas sabes a realidade não é aquilo que nós individualmente vemos eu vejo uma coisa tu olhas para ela e podes ver outra diferente ou a mesma de forma diferente eu por exemplo sei que nem todos me vêem da mesma maneira eu sou diferente para todos não só pela forma como me vêem mas porque a forma de eu me mostrar também ela é diferente eu tenho um estúpido defeito de não ser eu mesmo só porque quero agradar a terceiros por isso moldo-me em todos os tipos de relações isto é mau para mim e para eles é como se eu fosse um ilusionista mas no fundo e no meio de tudo isto também sou eu mas tenho a plena consciência que faço coisas contrariado só para agradar ou pelo menos porque penso que vou agradar sabes no teu caso eu poderia argumentar mil e uma coisa e tu estarias sempre a pensar da maneira como me vês mas eu não estou certo que me vejas bem a desilusão pode ser apenas um erro teu de visão viste mal fundamentaste mal criaste um eu em ti diferente daquele que eu sou induzido em erro ou não criaste expectativas isso nunca é bom por exemplo um homem está na cadeia preso é mais ladrão do que todos os indivíduos que estão em liberdade? Não, todos os dias existem roubos também há ladrões cá fora a única diferença entre ele e eles é que ele foi descoberto julgado condenado os outros são ladrões iguais ou ainda piores mas perante a lei perante a sociedade são pessoas de bem provavelmente nunca vais ler isto nem nunca te vou dizer o que aqui escrevi ou então foste tu que escreveste para eu ler e publicar para que tu lesses desse lado do ecrã ou então fecha bem os olhos olha para dentro procura-me eu sou tu…ou então não.
O calculo da quantidade de felicidade através da distribuição da matéria em integral duplo, se integrarmos a vida entre o bom e o mau e por sua vez este resultado entre o nada e o coisa nenhuma poderíamos facilmente demonstrar que apesar do som que se ouvia ser distante, sim porque o mar fica a cerca de 7 km do local onde nos encontrávamos, eu estava perturbado, não tinha a intenção de espetar a faca com aquela intensidade e sim comoveu-me o elogio que me foi feito mesmo sabendo que era tudo mentira, mas o calor do corpo dela fez-me esquecer tudo por instantes era como se a minha vida só se resumisse aqueles minutos, a faca estava afiada e cortei-o mesmo a meio não satisfeito com o resultado fui para a varanda e tentei resolver o problema mas integrar entre o bom e o mau acho que se tem de fazer uma mudança de variável ou será que tenho de ir através da convergência duma série de Fourier num dado ponto em que esse ponto é precisamente a linha que separa o bom do mau, ou será que é a linha que separa o bem do mal, mas pronto o seu suspiro orgasmico deixou-me tranquilo e finalmente lembrei-me do momento de inércia em coordenadas com centro de gravidade de um corpo que fica precisamente no óvulo onde se forma a propriedade de linearidade da imagem, mas depois de ter espetado a faca abri-o a meio e barrei-o com Nutella após isso fiz uma equação diferencial das oscilações mecânicas no caso de ressonância, foi então que me lembrei que é tarde como o cara... e que eu devia estar a dormir, ou será que estou em estado de sonambulismo?, acho melhor deitar-me e amanha acordo fresquinho e assim posso finalmente ouvir as ondas ou então fazer uma equação do movimento do corpo para um meio em que a resistência é proporcional à velocidade, o resultado do integral duplo é que ainda não consegui resolver mas acho que estou no bom caminho...ou então Não.
Esta frase nunca fez tanto sentido na minha vida como nestes últimos tempos, por vezes esquecemo-nos de preparar o futuro só porque estamos confortáveis ou conformados com o presente e deixamo-nos ir, mas tudo pode mudar de um momento para o outro, nada do que temos é eterno, sejam bens materiais ou mesmo relacionamentos humanos e um dia perdemos quem amamos e temos de seguir em frente e quando sentimos a falta, ficamos a pensar no que deveriamos ter feito para que a dor que estamos a sentir pudesse ser ultrapassada sem termos de cair no poço mais profundo, aos poucos habituamo-nos a que os outros façam as coisas por nós, sem querer criamos dependências de terceiros mesmo que esses sejam os nossos pais até e é isto que eu quero evitar a partir de hoje, quero ser o mais auto-suficiente possível, quero estar preparado para o dia em que por "arte do diabo" o mundo desmoronar do meu lado e ter de me erguer para o reconstruir, e vocês perguntam, porquê isto? e eu respondo, porque os comprimidos para a gripe têm destas coisas (ou então enganei-me na caixa), agora a sério, o saber não ocupa espaço e amanha posso ter de viver sozinho e não quero andar à deriva, por isso tenho-me dedicado a executar tarefas que outros sempre fizeram por mim, se nunca precisar, melhor ainda mas quero estar preparado para tudo.
Para finalizar podia contar a história daquele gajo que dormiu com outro e que esteve sempre "a pau" mas acabou por ser enrabado, mas prefiro aquela da rã, é assim, se pegarmos numa rã e a metermos numa panela de água muito quente ela salta imediatamente, faz isto para se defender, faz isto para se manter viva, mas se por acaso a metermos numa panela com agua fria e muito lentamente formos aumentando a temperatura, o corpo da rã vai-se adaptando à temperatura e vai-se deixando estar, muito lentamente vai estar a caminhar para a morte, mas até se sente confortável quando está quentinha, ela não vai dar conta mas nós vamos constatar que ela morreu, é isto que eu quero evitar, ser a rã da história. Já perceberam porque não usei a história do enrabado? Afinal o Rasgakús sou eu, eh eh eh.
Hoje pensei um bocado em mim, sempre li em livros de auto ajuda (sempre precisei e ainda preciso) que todos nós quando nascemos temos alguma coisa para fazer, tipo uma missão, todos temos uma vocação, e é sobre isto que eu agora quando deitar a cabeça na almofada, vou pensar, é que pela forma como tenho vivido a minha vida e toda esta insatisfação que me caracteriza, eu com os meus 35 anos e a caminho da "cova", sinceramente ainda não sei se tenho vocação para alguma coisa, se existe mesmo algo em que eu seja bom, ou, e esta parece-me a mais acertada, a minha vocação é mesmo servir de padrão comparativo para aqueles que realmente são bons poderem dizer, aquilo ali é um falhado, eu, eu cá sou bom.
À hora a que este post vai entrar, vai tocar o meu telemóvel para eu me levantar, ultimamente, mais concretamente no último mês tenho comido kilómetros, para lá para cá, hoje olhei no espelho e pensei que o tempo tem passado por mim a uma rapidez vertiginosa, a vida está mais acelerada, nas grandes cidades vive-se sempre a correr e o tempo vai passando, dia após dia, quando damos conta estamos outra vez no Natal, a seguir vem o ano novo, e o corpo vai ficando mais velho, cada vez que acordamos de manhã temos mais um dia para viver e menos um dia para viver, e vida só temos esta (eu não acredito noutras vidas depois da morte, acho egoísta), como poderei eu saber, como a viver? se me deixar ir nesta onda, onde acabamos por consumir, para satisfazer necessidades por nós sentidas, mas serão elas assim tão necessárias?, já repararam a que velocidade as novas tecnologias evoluem?, e nós sempre na corrente, a querer o ultimo telemóvel, o ultimo portátil , a ultima consola, a ultima máquina de filmar, etc...chegamos ao ano seguinte e tudo isto está desactualizado (ou quase, ou então só está na nossa cabeça), e quantas vezes parámos (eu pelo menos) para pensar que o meu estilo de vida está correcto? se tenho vivido bem? se vale a pena continuar assim, ou se devo mudar? estes dias olhei mais um pouco para a vida longe das grandes cidades, sei que não têm tantos centros comerciais, mas terão eles necessidade disso?, sei que não é fácil para os jovens nestes meios começarem uma vida, o emprego é pouco e são "obrigados a fugir" para as grandes cidades, eu já tenho 35 anos, e começo a pensar que um dia quero acabar por viver assim, longe da confusão, sentir o ar do campo, acordar quando me apetecer, sem ser ao som do telemóvel de ultima geração, estar em contacto com a natureza em vez de estar pregado em frente ao écran, comer uma "tronchuda" plantada e regada por mim, sentir as horas passar, eu acredito que as pessoas que vivem no campo não sentem o tempo passar da mesma maneira do que as que vivem nas grandes cidades, acredito mesmo, não digo que tenham vida fácil, não será certamente, mas só tenho uma vida e gostava de provar as duas coisas, o stress da cidade, e a "pasmaceira" do campo. Estarei errado? toca a comentar. Hum, será que os comprimidos para o "chip" da cabeça, estão a desligar a "pouca" inteligência que nela havia? Talvez sim, talvez não.
Vão-me desculpar, mas este post tem o video da praxe.
O que tem um gajo a perder, quando já não existe?
já não tenho mais forças, apenas me resta acabar de cair
...simplesmente mais nada para dar
não há mais nada para mim
preciso do fim para me libertar...
Sabes, hoje passei o dia a pensar em ti, bateu uma saudade que nem calculas, acreditas que ainda hoje não consigo aceitar que partiste? que não consigo falar de ti sem chorar? que não tenho coragem de visitar a tua campa? Dizem que isto acontece porque eu não fiz o luto ou coisas assim, mas é dificil aceitar perder o meu irmão mais que tudo, foda-se eras tão novo, ninguém merece morrer com 29 anos, sei que tiveste uma vida intensa mas foi tudo tão rápido, nem tiveste tempo de ver em mim o que me ensinaste, sabes eu admirava o teu à vontade, o teu humor, eras tão diferente de mim completamente diferente e com as mulheres? nem se fala, nunca consegui ser como tu. Sabes, nem imaginas o quanto eu ficava feliz por poder estar contigo agora, tenho tantas coisas para te contar, coisas que nem tu acreditavas ser possivel. Adorava que tivesses conhecido a tua sobrinha. Deixo aqui uma foto do mar onde passamos tanto tempo juntos e quando ia-mos pescar, eu só pescava ranhosas, e quando eu fui guarda-redes da tua equipa por 2 minutos? o tempo até fazerem o primeiro remate à baliza, saí logo da equipa, era um autêntico desastre e acho que isso ainda não passou. Um abraço cheio de saudades do teu irmão mais novo.
Na vida, uma coisa que me fascina é a nossa capacidade de aprendizagem e a quantidade de coisas que "cabe" no nosso cérebro. Aprendam todos os dias.
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