é de nozes, assim assadinhas na brasa, com umas batatinhas ao palitos, mas não é daquelas congeladas, é mesmo daquelas acabadinhas de tirar da teta da vaca, ainda quentinhas com aquela pele sem penas nenhumas onde se vê mesmo que são criadas ao ar livre na região das beiras, ali perto de Portimão, assim gordinhas, mas as melhores mesmo são as de Junho ali perto da altura dos santos populares, e não é nada daquelas importadas onde diz que não é feito de peixe congelado e que é salgado ao ar livre (longe do olhar de terceiros), são mesmo ali criadas perto da Póvoa de Varzim naquela zona onde é só areia, que fica perto do campo do Aguçadoura (por acaso vão muitos para lá aguçar o...coiso, aquilo de fazer xixi sem ser o penico, nem o mictório (classe.ah?)) essas sim são verdinhas e sem corantes, apenas levam correctivos orgânicos e adubos com pedigree, aiii jesuze, até me faz crescer água na boca (era a vizinha da frente a passar na janela depois de tomar banho), só não sei onde posso ir comer um prato assim, colher e guardanapo de pano ainda a cheirar a Tide sabão natural, daquele que nos faz lembrar o cheirinho da roupa lavada das nossas avós, e nada melhor do que isto do que um vinho maduro alentejano, ali da zona de Alijó, feito de castas Castelão, Aragonez, Trincadeira, com um pouco de Periquita, Moreto, Arinto, Manteúdo, com acidez de Alvarinho, Verdelho, com aroma a mel, chocolate, morangos, café, frutos secos, trufa, amoras, cogumelos, tomilho, urze, framboesa, arandos, groselha, ameixas secas, folha de tabaco cinza e lima, é claro que se paga praí uns 10,00€ por uma refeição destas, mas que vale a pena vale, então se a companhia for boa, um gajo até se esqueçe de pagar a conta da internet.

E se for acompanhado com música ao vivo, com uma linda vista para o decote da mesa da frente, nem vos digo nem vos conto.