Ano 1993, grande ano para mim a nível de concertos, a primavera acabara de chegar e temos a oportunidade de ver os Sepultura na sua "Third World Posse Tour" no pavilhão dramático de Cascais, as bandas suporte eram os Fudge Tunnel e os nossos Ramp que tinham acabado de lançar o seu primeiro disco, este era um concerto que eu aguardava ver pois os Sepultura eram a minha 2ª banda de metal preferida só mesmo ultrapassados pelos Metallica, foi um concerto que ficou marcado pelos incidentes dentro do recinto e ainda hoje tenho na memória o momento em que o concerto acabou e vi as grades de protecção voarem, apoiado nos recortes de rescaldo do concerto deixo aqui os alinhamentos: Primeiro tocaram os Ramp, tocaram o seu primeiro álbum mais uma cover "spermbirds" popularizada na altura pelos Tankard, seguiram-se os Fudge Tunnel, mas a ânsia do publico para ver os Sepultura era tanta que acabam por ser um bocado assobiados, tocaram "Teeth",  "Gut Pot", "Hate Song", "Tweezers", "Bed Crumbs", "Boston Baby", "Kitchen Belt", "Good Kicking", "Soanish Fly" e "Sunshine of your love", relativamente aos Sepultura o alinhamento foi o seguinte, "Arise", "Inner Self", "Mass Hipnosis", "Troops of Doom", "Crucifixion", "Escape to the Void", "Murder", "Altered States", "Subtraction", "Antichirst", "Orgasmastron", "Dead Embrionic Cells", "Primitive Future", "Drug Me" e "Policia", ora bem, este concerto foi marcado por incidentes que se iniciaram quando um segurança começou a bater num jovem que caiu no fosso de segurança, ora todos nós sabemos (nem todos) que uma das coisas que nós admiradores de metal fazíamos na altura além do famoso mosh, era voar por cima dos outros acabando muitas vezes por ir ao fosso dos seguranças que depois ajudavam a regressar ao recinto, era um concerto de metal que estávamos a ver e os seguranças deviam saber ao que iam, ora quando o Max Cavalera viu aquela situação, atirou com a sua guitarra ao segurança, falhou o alvo, caiu no chão e partiu o braço (da guitarra, é claro) o segurança em questão continuou com aquela atitude levando depois com o microfone, alguém se lembrou de chamar a policia de choque e no final do concerto era vê-los armados com bastões e viseiras, noblesse oblige, escusado será dizer que não se justificava minimamente a sua presença, só deixando mais marcas na comunidade metálica, onde existiam como em todo lado desordeiros mas havia muitos fãs de metal que não se metiam com ninguém e muito menos queriam problemas, conheci muitas pessoas assim que tal como eu apenas gostavam deste estilo de música, e posto isto deixo ainda aqui a referência que este para mim não foi o concerto em que me magoei mais, pois havia de partir uma costela no concerto dos Carcass no pavilhão Infante de Sagres, mas essa será outra memória para contar aqui.

O meu bilhete.