Ele olhou e Conceição sorriu, ficou feliz de ver um homem olhando para ela, meteu à mão ao pescoço e atirou com os seus longos cabelos pretos para trás, continuou a descer a rua, quando deu por si sentiu duas grandes mãos fortes a agarrarem-na, prenderam-na como dois grampos prendem duas peças de madeira para as colar, ele baixou-lhe as calças e por trás violou-a com toda a força até se satisfazer quando a abandonou ela correu para um canto escuro e ali ficou especada, o dia acabava de nascer e já a multidão se reunia na avenida onde habitualmente a equipa da cidade festejava os seus títulos futebolísticos, a azafama era grande, a lamina da guilhotina brilhava com os primeiros raios de Sol que nela batiam, passadas duas horas chegava puxado por umas correntes em volta do pescoço que ia deixar de ter utilidade o autor da violação, a multidão gritava houve um jovem que conseguiu cuspir diretamente na cara do condenado, Conceição passou a noite guardando o lugar na primeira fila, não queria perder o prazer de ver aquela cabeça rolar, passaram quase seis anos desde que aquele bicho lhe tirara a alegria de viver e o sonho de um dia vir a ser mãe, a guilhotina desceu, a cabeça rolou pela chão deixando atrás de si um rasto de sangue, Conceição teve o prazer de lhe enviar um beijo mesmo antes da guilhotina cortar a carne quando este levantou os olhos para o céu para o ver pela ultima vez, a festa foi grande a populaça que dois anos antes tinha visto cair a democracia vibrava agora com este retrocesso civilizacional que era a pena de morte executada em praça publica.
O calor já se faz sentir, estava à espera de um cliente e aproveitei a sombra de uma arvore para me sentir mais fresco, estava eu a apreciar os bocados de pele à mostra que iam passando, quando começo a ouvir uma algazarra enorme e cada vez mais perto, saio da sombrinha vou de encontro ao local onde deduzo vir a vozearia, esbarro com uma mulher a correr completamente nua, senti o calor da sua pele quando instintivamente meti as mãos à frente para me proteger, cai no chão levantei a cabeça e ainda a consegui ver com os seus longos cabelos pretos a esvoaçar, a sua pele morena e duas nádegas dignas de umas belas palmadas, nesse instante o barulho tornou-se ensurdecedor, num reflexo uno as minhas mãos e tento proteger a cabeça, sinto as pessoas a passar por cima de mim, calcando-me, eu ainda grito mas elas são aos milhares e continuam a correr e a calcarem-me até que sinto uma mão que me puxa ajudando-me a levantar, olho para cima e vejo uma senhora dos seus oitenta anos, as marcas do tempo eram bem visiveis no seu rosto, que me diz - Levanta-te enquanto é tempo. Assim o faço, começo a sacudir o pó da roupa e pergunto - Quem era? - A felicidade. - Então é por isso que ia tanta gente atrás dela, e a senhora? - Eu? Passei a vida a sonhar com ela, hoje já é tarde, ti viste-a hoje se a voltares a ver na tua vida, és um homem feliz.
Hoje ia eu pela Rua de Labruge, quase a chegar à ponte sobre a linha do Metro, vejo um senhor a fazer sinal para eu parar, já sem hipótese de me desviar lá parei, ainda estava a abrir o vidro já ele abria a porta, não abriu porque estava trancada, deu logo para perceber que não tinha as Luas todas, queria boleia, pergunta para onde vou, -Braga, respondo, - Leva-me até à estrada. Entra, tiro a pasta do lugar do passageiro lá se senta o homem, - Onde moras? - Em Braga. - Em Vilar Pinheiro? - Sim. - Hoje fui pó campo. - Pois é, o tempo está bom. - Amanha também vou pó campo. - Está bem. - O nosso Porto? - É o maior. - O Benfica é merda. Eu em pensamento, vai para o caralho, dou-te boleia e ainda insultas o meu clube.
Descia eu a Rua da Estação, quando vejo do lado direito um belo rabo de saia a descer, abrando com a esperança de o poder apreciar melhor caso este passe na passadeira, assim acontece, paro para o deixar passar, um senhor de idade levanta a mão e agradece a amabilidade, sorri, afinal matei dois coelhos de uma só cajadada, olho em direcção à Cervejaria O Astro, vejo um decote com um par de mamas que pareciam estar a lutar para saírem do sutiã que as oprime para poderem respirar, ouço uma voz a dizer, - Estás a olhar para onde ò palhaço. Olho em volta e não consegui ver para quem era, a voz novamente, - Estou a falar contigo ò careca. Com o meu dedo indicador virado para mim, pergunto - Estas a falar comigo?, - Sim, contigo, estás a olhar para onde? - Para as tuas mamas. - Vai olhar para o caralho diz ela, sim a voz era da proprietária daquele par de mamas que me fez estar na lua por uns segundos, arranco e fico a pensar, foda-se se uma gaja não quer que lhe olhe para as mamas, porque usa um decote daqueles? Não venham com essa do calor, não são mais 3cm de tecido que vão matar uma pessoa com o calor, envolto neste pensamento e ainda meio encavacado com a lata da gaja, ouço uma mensagem a entrar no telemóvel, começo a ler " Noticia de ultima hora, O Pai Natal enlouqueceu! enrrabou a rena, enrrabou o anão... Feliz Natal", estamos em Maio, está tudo maluco, puxo o lençol para cima e cubro-me, estamos em Maio mas as noites ainda são frescas, não tarda muito são 7h00m e eu tenho de ir trabalhar.
Ontem o Primeiro Ministro de Portugal, disse que a situação de desemprego pode ser “uma oportunidade para mudar de vida”, eu também penso assim, mas não podemos ser anacrónicos, temos de nos lembrar que o mercado de trabalho não está a absorver pessoas, eu já estive desempregado à uns 4 anos e sabia que na minha área não faltava onde me encaixar nem que fosse só para ir ganhando algum enquanto não aparecia uma boa oportunidade, nos dias de hoje tenho medo de ficar desempregado, pois não vejo grandes aberturas e pelo que vou vendo para onde eu poderia ir também estão a dispensar pessoas, agora eu compreendo que para Passos Coelho isto não esteja ao alcance da sua visão pois na sua classe e taxa de desemprego é 0%, claro que me refiro à classe politica, não à classe de mentirosos, nessa a taxa deve ser elevada.
Existem pessoas tão preocupadas em mostrar aos chefes que sabem saber o trabalho que compete aos outros que até se esquecem das suas obrigações.
Hoje passou por mim uma senhora entre os 70 e os 80 (ou mais, é dificil contar as rugas numa só passagem), diz-me o cliente, Sabe quem era aquela senhora? Não! respondo eu. Aquela senhora é a famosa Picolina, dizem os gentios aqui da terra que ela aviava o regimento quase todo do quartel de Viana, quando trabalhava como relações publicas no Monte de Santa Luzia. Ainda dizem que o trabalho não dá saude.
Nestes dois ultimos anos, a morte do meu pai, a crise, o medo de perder o emprego e a responsabilidade familiar, fizeram com que envelhecesse psicolóligamente 10 anos.
Hoje, estava a chover, eu sei, mas não é isso que mais me irrita, o que me irrita mesmo é ver gajos sempre preocupados a tentar foder a vida dos outros mesmo quando a deles corre bem.
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