Estaba aqui com a minha filha a jugar um jôgo no Magalães dela e é mesmo fiche, até chá aprendi a escreber milhor, numa admiro que os nossos ministrus tamém tenham um, é um cumputador muito buom para apreender.

Linda. Não tarda muito anda de calças justas, t-shirt dos Slipknot e um cadeado de metal ao dependuro.

Por vezes questiono-me, quanto tempo mais é que os países da UE vão continuar a fingir que são unidos, já todos viram que vivemos uma crise em que as soluções são muito poucas, uma delas poderá ser a 3ª guerra mundial, destruindo grande parte do que já existe e dando origem a uma grande reconstrução, outra será a do salve-se quem puder e nesta não existe solidariedade com os países mais necessitados, é só o olhar para dentro (a mais provável a meu ver, mas muito perto da 3ª guerra mundial), outra e neste caso para nós, seria aparecer um novo "Salazar" (não igual ao que tivemos, do género, mas mais moderno), por fim e para mim a mais difícil de acontecer, será uma mudança de mentalidades, ou seja, eu, tu, o meu vizinho, o teu, todos nós, regredirmos e passarmos a viver uma realidade que diz efectivamente com a realidade do nosso país, aprender a viver com muito menos dinheiro adaptando-nos a uma vida com menos "conforto".

Confesso que estou preocupado com o meu futuro a curto prazo, mas não gostaria de dramatizar, creio que vamos passar por tempos ainda mais difíceis dos que estamos a passar neste momento,  este jogo do "monopólio" real já mostrou a sua verdadeira identidade,  brincar com milhões deu origem à maior crise dos últimos anos, a corrupção, falcatrua, ambição falaram mais alto, o dinheiro é sem duvida o Deus dos Homens, independentemente da religião de cada povo. Agora vou ali pousar a garrafa do bagaço, porque já me dói a cabeça e vou dormir.

Antes:

- Vamos ao bar beber uma míni que estes livros são pacíficos e os ladrões não querem livros, querem é roubar cobre nas obras.

- Vamos lá, hoje ainda só bebi 8 e já são 3 da tarde, ei, espera ai, que é aquilo?

- Epá, aquilo deve ser a foto de uma gaja morta, porque ela tem aquilo ali cheio de bicharada.

- Não é bicharada, aquilo é mesmo pelos.

- Tu não me digas, que ela tem aquela barba toda, vamos já confiscar os livros.

...

O resto vocês já sabem.

Depois:

- Pois é ilustre colega, estou felicíssimo, é uma honra para mim estar aqui no meio de tanta cultura.

-Ora, a quem o dizes, quando acabar o turno ainda venho aqui a ver se compro alguma poesia um ou outro romance, e também quero ir à secção dos livros técnicos para ver se encontro um livro de psicologia que me ajude a lidar com pessoas que conduzem embriagados, para melhor perceber os meus concidadãos que nestes tempos difíceis procuram no seu copito um refugio aos problemas da vida.

- Fazes tu muito bem, mas quando eu sair ainda vou mudar de roupa pois vou levar a minha esposa ao teatro e antes tenho de passar na florista pois encomendei um belo ramo de orquídeas para lhe oferecer.

- Epá, eu nem me acredito.

- Que foi?

- Está ali um livro de Gustave Coubert, que maravilha, repara bem naquela obra de arte.

- Fantástico, vou já comprar um.

- Ok, tu compras um mas os restantes são todos para mim.

 ...

O resto vocês nunca saberão.

Vocês já repararam que nas janelas onde em 2004 estava uma bandeira de Portugal, está agora uma placa a dizer: Vende-se.