Os verdadeiros amigos são aqueles que nos dizem as verdades.
Hoje um amigo quando lhe falava dos meus problemas, disse-me "sabes o que eu chamo a isso? falta de tomates", eu sei que dói mas ele tem razão, obrigado "Mestre".
Fim de tarde de Junho, o sol brilha, corpos procuram apanhar o máximo de raios de sol possíveis, o verão chegou tarde e é hora de começar a trabalhar para o bronze, mas não é por esse motivo que o Ernesto está ali parado à beira mar com a cabeça enterrada entre os dois punhos, a cabeça dele neste momento fervilha, não pode acreditar que é mesmo verdade, sempre achou que a ele isso nunca iria acontecer, durante anos jogou com a vida acreditando que tinha nascido imune, mas agora já não há nada a fazer, acabara de ser pai acerca de um mês e de repente o mundo desabou-lhe em cima, seguira o conselho do seu colega Filipe, e fora com ele fazer um teste de rastreio de HIV e acusara positivo, durante anos mesmo muitos, nunca parou de rolar com tudo o que tivesse uma racha entre as pernas, era precisamente ali naquele sitio que as levava à noite e ficava horas a encher chouriços até as convencer a “baixar a cuequinha ”, depois disso estipulava o prazo de um mês até conseguir ou não “desentupir-lhes o cano da banca”ao fim desse tempo deixava-as e partia para nova conquista, mas isto não era suficiente, além de ter em casa uma mulher fogosa sempre disposta a “ir aos treinos”, ele tinha o vicio de parar sempre que via uma prostituta de rua, sempre gostou de “bicos” e “tomar banho de pijama” não era para ele, nesta fase do campeonato já se pode dar até ao luxo de ir ao Jornal e escolher por “15 beijinhos” um “O…ao natural”. À tempos numa conversa após um típico almoço de vendedores à sexta-feira, que é como quem diz, de tarde já não se faz nada, ele contava que usava como pretexto para sair à noite ir à pesca (e ia, mas os peixes eram outros), acerca de um ano andava ele a tentar convencer uma amiga a virar-lhe as costas para ele lhe “desentupir o cano da banca”, mas esta amiga ia sempre ter com ele juntamente com outra amiga que por azar começou a trabalhar no mesmo escritório de contabilidade onde trabalha a sua esposa e por isso passou a dormir no sofá, pois a língua pode ser utilizada para varias coisas mas quando se solta deita cá para fora algumas verdades que podem ser inconvenientes, nessa mesma conversa o seu colega Filipe disse, “Eu também não gosto de preservativos, e como sou demasiado rápido, não tenho problemas” um dos presentes riu-se como se de uma brincadeira se traçasse mas ele repetiu convicto que por ser tão rápido não havia problemas, então perguntaram-lhe qual era o tempo que o “bichinho da sida” demorava a acordar após a introdução do membro dentro de um buraco desconhecido e constantemente utilizado por outros membros, membros estes fartos de andar noutros buracos onde já andaram outros membros fartos de andar noutros e por aqui fora (façam as contas diria o Engº Guterres), Em que século estamos? Qual é a doença mais perigosa que se pode apanhar com uma relação sexual? Quanto vale a nossa vida? Para que servem os preservativos? De certeza que não é uma gabardina para o Zé Manel quando está a chover. Sabem quantas DST’s existem? Falta de informação? Não, lamento mas não posso concordar, concluiu.
É por isto tudo que neste momento, Ernesto está com pensamentos suicidas na cabeça, Como vou contar à minha mulher? Como a vou convencer a fazer um teste? E se der positivo? E se o nosso filho acabado de nascer também estiver? Mato-os aos dois e a mim de seguida, está decidido.
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Quando o sol chegou aos subúrbios da cidade Anunciando mais um dia igual aos outros Ele acordou e pressentiu Que hoje o seu dia ia ser diferente Sentiu nos lábios o sabor Dum sorriso finalmente triunfante Escorregou da cama E contemplou o espelho sorridente
Acabou-se a incerteza dos seus passos em volta De um sentido que ele nunca encontrou Pela primeira vez tinha o destino nas mãos Desta vez ele não duvidou
Sentiu-se invadir por uma estranha lucidez Que o conduzia pelas calhas do passado Serenamente descobriu Que afinal tudo tinha o seu sentido Levou o olhar á janela Lá em baixo a rua estava abandonada Levantou o fecho E de repente alcançou a liberdade
Acabou-se a angústia dos seus passos em volta Dum amor com que ele apenas sonhou Pela primeira vez tinha o futuro nas mãos Abriu a janela e voou
Quinta-feira 28 de Junho 2007, 12h40m aqui o menino faz-se à estrada, trezentos e mais alguns kilometros separa-me do Parque Tejo no Parque das Nações, meio desanimado lá vou eu, não me apetece ouvir musica (vou ter muita para ouvir) não ligo o rádio e deixo-me ir, para evitar multas, deixo-me ir entre os 130 e os 140km/h, está sol e uma preguiça instala-se, o sono começa a aparecer, aproveito começo a pensar na vida, aqui e ali nas estações de serviço vê-se pessoal com o mesmo destino que eu (pelo menos na viagem) de vez em quando lá ultrapasso um autocarro com uma excursão com pessoal que vai ver o Super Bock Super Rock, e lá chego eu, deixo o carro perto da praça Sony, (longe como o cara.., agora sei, antes não), sigo o pessoal que se dirige para lá, fila para entrar, fico com a sensação que podiam ter uma entrada que permitisse mais fluxo de espectadores, à hora que cheguei ainda era cedo mas de certeza que mais tarde deve ter desesperado muita gente, digo isto porque à saída foi uma confusão, demorei mesmo muito para conseguir sair do recinto, no interior do recinto, estava-se bem, era agradável, o sol continuava a brilhar, aproveito para beber uma cerveja, e dai a pouco entram em palco os Blood Brothers, e eu pensei, fuoda-se então no meu bilhete diz Inicio do Espectáculo: 17.00H, são 17equalquercoisa, e já estão a tocar estes, então e as outras bandas?, pois é já tinham tocado e eu paguei para ver tudo tinha tempo para ver tudo e vim enganado na hora, passando então a actuação dos Blood Brothers, a percussão não era má e sinceramente foi do que mais gostei nesta banda, um dos vocalistas (sim são dois Jordan Blilie e Johnny Whitne) tinha mesmo estilo efeminado (para não dizer outra palavra mais forte, pois as opções sexuais de cada um a mim não me dizem respeito), notou-se que tocaram com profissionalismo, mas sinceramente fiquei com a impressão que pouca gente gostou. A seguir tocam os Mastodon, muito bons, forte, bom som, excelente energia, só é pena ser de dia e nada mais a dizer, valeu a pena uma proposta musical muito mesmo muito interessante na minha opinião. A seguir tocam os Stone Sour formação da qual fazem parte o vocalista e um guitarrista dos Slipknot, notou-se que tinham muitos admiradores na plateia e por falar em admiradores, eu estou mesmo velho, os jovens agora crescem pa caralho vi-me fodido para ver o palco, eu fiquei à frente a poucos metros, e quase ao centro do palco, o meu local preferido em concertos, não foi fácil o meu 1,70m não me favorece muito, adiante, notou-se uma boa comunicação entre o público e o Corey Taylor, mas mesmo assim não o suficiente para ter o público na mão, o momento mais alto foi quando tocaram “Throgh the Glass” com muitas meninas a cantarem e alguns isqueiros. A seguir e ainda de dia chegou a hora de eu começar a ver quem eu queria mesmo, Joe Satriani é sem duvida um dos melhores guitarristas de todos os tempos, notou-se que grande parte do público não percebia o que se estava a passar e já só pensavam nos Metallica, acho é que poucos sabem que o Joe Satriani foi professor do Kirk Hammet (guitarrista dos Metallica), mas tudo bem, eu adorei ver, sempre sonhei ser guitarrista, ainda tenho o equipamento todo, mas sinceramente falta-me jeito, para mim ele foi perfeito, sem nada a apontar, até mesmo no alinhamento que foi uma espécie de “Best of” entretanto a noite já caíra e eu estava a chegar aos limites, pois não tinha comido mais nada e tinha ficado ali a guardar o meu lugar, os Metallica estavam anunciados para as 22h45m e já faltava pouco, só que o tempo foi passando e de Metallica nada e as minhas pernas começam a reclamar descanso e o resto do corpo também já gritava “Ó moço tu já vais fazer 35 anos, ganha juízo” e a minha cabeça respondia “vai-te foder, aguenta-te, que foi para isso que te trouxe”, deveriam ser 23h20m mais ao menos quando se começa a ouvir as notas do “The Good, The Bad, The Ugly” ao qual se segue “Creeping Death” (onde é que eu já ouvi isto? 93 foi igual, pois é isso), a energia contamina o público e eu estou a viver mais um sonho, embora sinta que estes movimentos me vão deixar marcas no corpo, eu deixo-me ir, afinal ainda devem faltar mais de duas horas de concerto, o James Hetfield incendeia o rastilho <<Lisbon... Metallica loves yo>>, nós sabemos que sim, já demos provas disso só que deveria ser <<Portugal…Metallica loves you>>, mas tudo bem, e é recíproco <<Portugal...loves Metallica>>, notou-se uma grande vontade e empenho por parte da banda e o público não se fez rogado e correspondeu da melhor maneira, estavam reunidas condições para um concerto inesquecível para ambos, “For Whom The Bell Tolls”, “Ride The Lightning” “Disposable Heroes” “The Unforgiven” aqui olhei para o lado, mas não estavas lá, “…And Justice For All” “The Memory Remains” aqui já estava KO, um alinhamento destes mata um gajo, “The Four Horsemen” “Orion” para mim a sério que foi, “Fade To Black” mais uma vez, é mesmo assim que me sinto, “Master Of Puppets” “Battery”, sim ainda estou vivo, está perfeito nada a dizer estou a viver no passado, este alinhamento foi mesmo escolhido para mim, aqui podia morrer, morria feliz, “Sad But True” “Nothing Else Matters”, “One” efeitos pirotécnicos incluído fogo de artificio e mais uma vez e já quase 20 anos depois esta musica continua a fazer sentido, “Enter Sandman” “Am I Evil?” e no fim “Seek & Destroy”, como se pode ver nem uma música tocaram do St.Anger, tocaram basicamente 4 albuns iniciais mais o “The Memory Remains” estas músicas foram a banda sonora da minha adolescência, obrigado pela prenda Metallica. Alguém tem duvidas que os Metallica são a banda de metal mais influente de todos os tempos? Para terminar e já não era sem tempo, é so para dizer que o concerto estará disponível para download em “clica aqui”.
Faltou dizer que a viagem para o Porto foi difícil mesmo, até adormeci ao volante, aqui a sorte esteve do meu lado e as guias sonoras juntamente com o local (recta) ajudaram, não tinha ninguém para ajudar a manter-me acordado, mas não se pode ter tudo, nunca se pode ter tudo. Prometeram voltar, eu prometo estar presente. <<Metallica… Rolandowsky loves You>>