Dia da mãe, hoje felizmente ainda posso comemorar este dia contigo, sei que os anos não perdoam e que mais um mês e pouco chegas à bonita idade que eu tanto gosto, 69. O stress do dia a dia e a correria infernal em que se vive, às vezes não nos deixa tempo para estarmos perto de quem gostamos, nesta correria por vezes dou comigo a pensar que um dia te vou perder e este pensamento enche-me de medo desse dia ao qual eu não vou poder fugir (só se eu morrer antes) e do sofrimento que eu vou ter de passar, bom mas hoje é um dia para comemorar por isso gostava de deixar aqui escrito,

AMO-TE  MÃE  

No Porto existem várias pontes, as que eu gosto mais são a D. Luís I e a D. Maria, talvez por serem construídas em ferro e estarem mais perto de realidades minhas conhecidas (ou não), mas sinceramente não acho graça nenhuma à ponte do Infante, uma que eu gosto de passar ao fim do dia perto do pôr do sol é a ponte da Arrábida, dali vê-se a foz, local onde termina o rio Douro e começa o oceano Atlântico, às vezes penso naquela pequena faixa que não é rio nem é mar, é aquela linha onde os dois se misturam, o doce e o salgado, chego até a fazer ligações com a minha vida e com a facilidade com que mudo de humor, é como se eu vivesse ali, dada a minha inconstância.

Eu sei que a foto está um bocado torta, mas é a que tenho, vou tentar tirar uma melhor e depois substituo.

Pronto, aqui o menino resolveu comprar um livro para dar à sua princesa como reconhecimento do seu gesto de ontem, estive quase, vai que não vai para lhe dar o "A Tua Amiga" da Maria Porto, mas fiquei-me por um livro de histórias infantis.

Obrigado pela ajuda na escolha.

- Sabes pai, a C…. deu-me um livro.

- Filha, tu sabes que não deves aceitar coisas dos teus amigos pois os pais deles podem não concordar.

- Pois.

Continuo a vestir-me chego à cozinha e ela,

- Vês pai é este livro.

- Sim filha é muito bonito, e o que estas a pensar fazer?

Volto ao quarto, venho pelo caminho a fazer o nó na gravata e vejo-a abrir a mochila e a colocar lá dentro o livro,

- Vais devolve-lo?

- Vou.

O meu coração enche-se de orgulho e penso para mim, és mesmo minha filha.

Muitas vezes na vida me questionei sobre esta minha estúpida maneira de ser, humilde, tímido, cagão, certinho, consciente como me dizem às vezes, sei que isto nunca me ajudou a realizar alguns sonhos mais ousados e que nunca passei desta pacatez de vida, desejo muito, mesmo muito que a minha filha não seja tímida como eu, mas gostava muito que eu lhe conseguisse incutir alguns valores que eu julgo serem bons, até lá quero estar aqui ao lado dela a vê-la crescer e a formar-se mulher.

AMO-TE FILHA

A cortina escura tapa-lhe o que ele desejava ver, andava ansioso, não resistiu, levantou ao de leve a cortina, olhou, de repente sentiu as pernas tremerem, o oxigénio não conseguiu chegar ao cérebro, da sua boca e sem querer saíram umas palavras, “...isso…”, do interior dois olhos abrem-se, são dela, ela fica perturbada pois ele acabara de descobrir o seu segredo, sem mais demora ela vai à sua sala de venenos e procura o mais adequado, entretanto já ele se sente a morrer perdera o que era seu, move-se quase já sem forças e deita-se, poucos minutos depois aparece ela, transporta na sua boca o veneno que pensa ser o mais indicado, sem mais espeta-lhe a agulha fatal e deixa um pouco de veneno entrar, parece dar resultado, injecta-lhe o resto, conseguiu o que pretendia ele ficou mais tranquilo, pelo menos momentaneamente, sem mais ela segue novamente para trás da cortina e pensa quantas mais doses vão ser necessárias, até quando o seu stock de venenos vai ser suficiente e eficaz.

Eu sei que um dia vão acabar e que ela o perderá, mas pode ser amanhã, para a semana, pró ano ou quem sabe só mesmo quando ela ou ele morrerem, até lá, ela estará sempre atrás daquela cortina escura.

Este post é mera ficção, se alguém se identificar com ele será apenas coincidência…ou então não.

" A curiosidade matou o rato"

...pois é, mais vale estar quieto, é que as duvidas às vezes confirmam-se.

Vou trabalhar.

1º MAIO

Os nossos empregos são a base de sustentação das nossas familias, lutar pelos nossos direitos é um dever, uma obrigação. Bom Feriado